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10 de set. de 2008

O pior é que é...

Quatro horas... a Eve sugeriu um tema interessante: o descaso da imprensa com as Para-olimpíadas. Estou cansada, com sono, com dor em tooodas as partes do corpo. Estava fazendo um pré-projeto com o Sami (companheiro para trabalhos como ninguém). Estudando e escrevendo sobre comunicação, seus efeitos e muitas outras coisas da área. Pooooo Eve, não dava para descasar?! Aí vem aquela vontade de escrever, mesmo sabendo que amanhã tem que acordar, estudar, escrever mais trabalhos, limpar a casa e continuar a vida.
Apesar de concordar com a indignação da Eve sobre o descaso com um evento tão interessante e com personagens surpreendentes, preciso aceitar que isso é totalmente plausível. Sim. Está totalmente de acordo com a nossa sociedade. Engano seu se pensa que isso é exclusividade do Brasil.
O que você quer ver na imprensa? Você. Ou aquilo que VOCÊ gostaria de ser.
Os atletas para-olímpicos são um exemplo de superação? Óbvio. Mas, não são "perfeitos". E a massa não quer se identificar com alguém sem um braço. Eu, particularmente, acredito que gostaria de me identificar com a superação, com a vontade, com a garra, com o esforço de cada um deles, mas não é exatamente assim que o mundo anda. Hoje eu falei para a minha mãe sobre a minha mais nova descoberta: o mundo não é como eu pensava (ou queria).
E conversando com ela ainda, eu disse "mãe, esse negócio de pesquisa era para esclarecer as coisas, mas está me deixando alienada. Eu to ficando com medo, quero fugir desse mundo". Leia-se mundo como o mundo que a comunicação social nos apresenta. Quanto mais eu estudo, quanto mais pesquiso, quanto mais procuro justificativas para os meios de comunicação apresentarem com descaso eventos como as Para-olimpíadas, mais eu fico assustada com o poder que a mídia detêm, e faz uso, para construir o sentido do mundo social.
Não vou apresentar todos os motivos que eu pesquisei para a mídia noticiar ou não algo, e nem quais os critérios de seleção dessas notícias, pois são muitas e muitas noites de pesquisas e discussões entre eu e o Sami. É bastante coisa mesmo. Muitas teorias, muitos teóricos. Para isso existe a faculdade de Comunicação Social. Mas acredite, não importa de que ângulo se olha esse poder, é assustador de qualquer modo.
Texto dramático. Acho que nunca mais vou escrever logo após fazer um pré-projeto.
Apesar de que... eu poderia escrever amanhã e seria a mesma coisa. Talvez não tão dramático, mas a posição ficaria mantida.
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Continuando a conversa com a minha mãe
Comentamos no msn sobre o tema do último post. Fiquei com saudade. Muita saudade. Chorei muito. De saudade da minha infância, da minha família. Chorei. Bastante. Minha mãe disse que eu era boba. Não acho. Foi a melhor coisa que eu fiz. Depois de chorar de saudade de tudo aquilo, percebi que é todo esse sentimento que reforça a minha vontade e a minha certeza de que se eu trabalhar bastante, tudo vai dar certo. E o meu texto ficou muito melhor depois disso.
Obrigada a vocês que construiram comigo tudo que sou.
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Tema sugerido pelo Sami, enquanto tomávamos um café lendo revistas.
SOU UMA MULHER SEM REVISTA.
Precisava escrever sobre isso depois daquela conversa. Meu próximo post. E prometo que vai ser logo!
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