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25 de nov. de 2012

Quarentena de trabalho

Quarenta dias de bastante trabalho (ainda bem!) e nada de internet na vida pessoal. Abandonei o blog, o Facebook e tudo mais. Tudo isso justificado nos projetos que me envolvi. Fui vencendo o deadline de cada um - ainda resta um último trabalho, não menos importante, para esse ano - hoje posso retomar um pouco do meu uso da internet para proveito pessoal. 
Desses dias que me mantive afastada não sobrou tempo nem para sentir saudades. Trabalhei 12, 14, até 16 horas em um dia. É desgastante? Sem dúvidas. Mas ao colocar na balança, acho que vale a pena. Dessa vez um dos projetos foi um novo desafio: 3D. Desde abril venho estudando a modelagem, os materiais, as texturas, a iluminação e outros aspectos de um projeto 3D. Porém, quando o projeto (o objetivo) está declarado, quando o caminho começa a ser trilhado, quando existe um prazo para finalização, novos problemas e dificuldades surgem. Em 3D ou em qualquer outro projeto na vida. É preciso se adaptar, mudar a estratégia, pegar atalhos, só não pode perder o objetivo.
Sexta-feira, quando finalizei o vídeo, pensei sobre sempre existir algo para melhorar. Mesmo que faça o melhor trabalho possível, sempre deve existir algo para você melhorar. O segundo trabalho deve ser melhor que o primeiro. Isso não significa que se você obtém uma vitória na vida, terá vitórias na vida toda. Não é essa a lógica. A minha ideia é que a cada projeto, a cada passo, é preciso aprender e relacionar com o conhecimento adquirido no anterior. 
Há três anos - tão pouco quando vejo escrito! - resolvi que queria fazer algo especial para o casamento da Eve e do Leo (já escrevi isso aqui). Quando vejo tudo que desenvolvi naquela época, sinto orgulho e alegria. Não fazia ideia de como faria a maior parte do que tinha planejado. Todavia, o São Google e a persistência deram resultado. Claro que hoje, revendo aqueles trabalhos, penso em outras maneiras (tão mais fáceis!) para realiza-los. Não mudaria a concepção. Mas poderia fazer aquele projeto em menos tempo, com melhorias na finalização. Penso que é assim que deve ser. Preciso, em três anos, revisitar o projeto que finalizei sexta-feira e rir. O riso é por ter passado 12 dias trabalhando, pensando e estudando como uma louca para fazer algo que poderia (daqui três anos, por exemplo...) fazer melhor em uma semana de trabalho regular.
E quando chegar esse dia espero um novo desafio, daqueles de perder o sono pensando em como atingir o objetivo. Particularmente, eu gosto da ideia de simplesmente não saber e procurar de todas as formas imagináveis um modo de aprender. Quatro anos atrás tive um trabalho da disciplina de Planejamento Gráfico que detestei, pois eu detestava usar Corel ou qualquer programa do tipo. Eu gostava de escrever e queria aprender apenas a escrever melhor. Só um ano depois, estava brigando para aprender o Corel. Hoje raramente uso Corel, no entanto, foi lá que aprendi muito.
Na faculdade tinha a disciplina de Fundamentos do Cinema (ou coisa assim) como optativa. Eu não queria de jeito algum. Preferia outras como Jornalismo Político e Assessoria Institucional (separada da Assessoria de Imprensa). Semana passada senti a falta de ter cursado algo que me fizesse aprender sobre câmeras, enquadramento, perspectiva, iluminação e afins. Eu tive algumas dessas coisas em telejornalismo, mas não é a especificidade da disciplina. 
Quando estava deparada com essa dificuldade, veio um arrependimento: não ter participado do projeto de extensão de Cinema. Participei apenas uma noite e era bom, muito bom. E por que não continuei? Porque ainda estava com a cabeça fechada. Percebi agora que agi com o cinema da mesma maneira que fiz com arte gráfica. Não acredito que devo aprender tudo e no final não saber o suficiente de nada. Mas acho que preciso aproveitar melhor as oportunidades que surgem.
Com orgulho três imagens do trabalho em 3D:


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