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2 de out. de 2008

Superando obstáculos

Estou tentando escrever direto no computador!

Semana passada eu e o Sami apresentamos um trabalho sobre a indústria cultural de Adorno. Usei como exemplo para a formação dos esteriótipos o seriado Gossip Girls, com todas as justificativas, não?!
O trabalho ficou realmente muito bom. Mas eu percebi uma coisa: o mais importante ali, na hora em que eu apresentava e discutia sobre o tema, não era exatamente a nota, a avaliação da professora. Eu queria mesmo era provar que nem todas as pessoas cabem no esteriótipo que correspondem a ela.
Eu sofro um preconceito: sou branca, hetero e de origem burguesa. Tenho uma cachorrinha poodle e não gosto de sair de casa mulambenta. Eu sofro um preconceito! De acordo com as três primeiras características eu sou dominante. A segunda e a terceira não mudariam muito. Mas, ao contrário das expectativas, eu não sou bem vista e, muito menos, bem quista entre algumas pessoas.
Até aí, tudo normal, não é?! O problema maior: eu fui colocada em um desses esteriótipos que chegam prontinhos lá dos EUA por pessoas que estudam a formação deles.
Não importa o que eu penso, falo, estudo, leio ou vejo. Eu tenho determinadas características que me limitam ao esteriótipo: patricinha!
Patricinha?!?!?!?!?!
Algum dia, algum desses que fazem tal juízo de mim já parou para falar comigo?!?! Já prestou atenção no que eu disse?!?!?! Já perguntou o que eu faço da vida?!?!?!
Não, eu não estou dizendo que sou um sinônimo de cultura e conhecimento, mas acredito que antes do julgamento haviam de conhecer o que eu sou.
Ouvi uma frase no início do ano que ainda me perturba: "no jornalismo não tem teste do sofá". Ouvi isso de uma pessoa que nunca tinha ouvido a minha voz, que mal sabia o meu nome, que não sabia (e ainda não sabe) nada da minha vida. Azar o dela. Se o aviso que ela tentou passar( enquanto analisou até os fios do meu cabelo) para mim foi produtivo? Foi. Sigo fazendo o que eu já fazia antes: tenho respeito pelos outros e por mim; tenho postura e ética profissional; estudo bastante para conquistar o que eu quero; tenho objetivos e luto por eles.
O que eu ouvi foi somente um estimulo. É claro, depois de muito choro. Percebi que até alguém que não me conhece pode dar um bom conselho: continue sendo você! Foi um estímulo quando ela, mesmo sem querer (e querendo exatamente o oposto), contou para mim que ainda vale o esforço, o estudo e o trabalho em detrimento da vulgaridade!

RÁ! CONSEGUI! VENCI! EU ESCREVI AQUI NO COMPUTA!
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