Hoje é dia dos pais. Datas comemorativas parecem mais carregadas de saudade por aqueles que sofrem dela. Para mim não é. A saudade que sinto do meu pai é cotidiana. Embora alguns dias aperte, sinto falta em momentos que parecem banais. Claro que nos momentos importantes ou nas celebrações a saudade impera. Mas alguns prazeres que pude desfrutar com ele são especiais.
Ler o jornal de domingo é um misto de nostalgia, saudade e alegria. Ler o jornal não era apenas ler. Era discutir as notícias, seus contextos e suas consequências. Fazíamos isso por horas. E não apenas no domingo. Qualquer telejornal também servia. Mas no domingo era especial. Ainda são aquelas conversas e tudo que aprendi com elas que norteiam boa parte dos meus pensamentos.
O domingo do dia dos pais é apenas um e há muitos domingos durante o ano. Eu sinto saudades do meu pai em todos eles. E não apenas aos domingos. Dia dos pais é como dia das mães: não deveria ter apenas um dia. Todos os dias eles estão ali, fazendo de nós aquilo que somos.
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