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24 de set. de 2012

SMS em massa: é legal?

Hoje fiquei sabendo de mais uma estratégia de marketing na campanha eleitoral em SMI: envio de SMS em massa. Há tantos pontos nessa questão que acredito em um debate sobre o assunto. Aqui vou apontar apenas algumas coisas que penso sobre o assunto. 
Primeiro de tudo: eu, Monique Paludo, detesto SMS em massa. Incomoda. O dia que recebi um SMS avisando que a Anatel tinha mandado perguntarem se os clientes queriam receber os SMS promocionais das operadoras foi uma alegria. 
Eu não gosto da ideia do SMS em massa para qualquer tipo de marketing. Nem para o consumidor, nem para o eleitor. Esse ano participei de uma reunião política aqui em Guarapuava e pediram que fizesse um cadastro com o nome, telefone celular e e-mail. Já me arrependi de ter ido. Mas, para a minha grata surpresa, uns 20 dias depois me ligaram e perguntaram se eu gostaria de receber e-mails e SMS da campanha. Eu respondi não. A moça agradeceu e disse que eu não receberia nada. Realmente não recebi. Ufa!
Em São Miguel não ocorreu bem assim. A Samantha Matos, eleitora de SMI, conta que não foi a reunião da coligação de onde recebeu o SMS, não forneceu seu número e tão pouco autorizou que usassem. E, mesmo assim, seu número estava entre os que receberam a mensagem:
"POLITA: Meus amigos! Agora eu apoio Dilmar Mafalda para prefeito e professora Roseli para vice. No dia 07 de outubro vote 11!"
Não critico a campanha, mas não achei bacana o modo de chegar até os eleitores. E pelo que a Samantha e outros usuários contaram, a lista de quem não gostou é grande.
Para enviar SMS em massa não faltam empresas oferecendo o serviço. Busca no Google para você mesmo ver quantas empresas existem e o quanto o preço é, relativamente, baixo.
A minha preocupação é: onde conseguiram esses números? Não existe uma lista telefônica de números de celular, não autorizada pelo menos. E aí? Onde conseguiram o número da Samantha? Ela afirma que não autorizou a divulgação do número dela para ninguém. E comentou também que os números que receberam essa mensagem não foram limitados a uma única operadora. Samantha, sua mãe e seu namorado têm celulares de operadoras diferentes e todos receberam a mesma mensagem.
Hoje é difícil preencher um cadastro sem que peçam o número de celular e e-mail. Mas para usar as informações obtidas é preciso que sejam autorizados. E aí? A Samantha diz que não autorizou ninguém a repassar o número do celular dela para a coligação, candidato ou partido político. Como eles tiveram acesso? 

Se as operadoras - que, óbvio, têm acesso aos nossos números - são obrigadas a ter a autorização dos usuários para enviar SMS promocionais, está certo qualquer empresa ou coligação, como foi esse caso, enviar para quantos números quiser, que pegaram sabe-se lá onde e sem autorização dos usuários?
Não sei se isso é legal (no sentido de lei) ou não. Eu não acho legal (no sentido de bacana). Eu não gosto. E você? Gosta de receber SMS que não pediu? E pior, gosta que seu número de celular esteja em uma lista que você não autorizou? 
E essa lista é de quem? Feita por quem? Quem reuniu o número do celular de tanta gente? O que mais pode haver nessa lista?
Eu gosto mesmo é da minha privacidade. E você?
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